Primeiramente, Chuvas de Verão é o filme brasileiro de 1977, não o confundam com o neozelandês Chuva de Verão, de 2001, que também merece ser visto, pois é fantástico. Mas foquemos no filme nacional, dirigido por Cacá Diegues (me arrisco a dizer, um dos seus melhores filmes, se comparado a sua produção atual), o filme conta a história de Afonso, que ao se aposentar, decide viver com tranquilidade no subúrbio onde mora. Em sua primeira semana de ócio, em um tórrido verão, Afonso se envolve com os problemas de sua filha, de seus amigos e de sua vizinhança, aprendendo com eles a viver novamente, quando até Isaura, sua vizinha de tantos anos, se modifica, começando uma realção de amizade, amor e respeito.
Dessa premissa surgem várias histórias fantásticas, que são representadas por um elenco estelar, em especial os protagonistas Jofre Soares e Miriam Pires, mas conta ainda com Daniel Filho, Marieta Severo, Paulo César Peréio, Cristina Aché, Carlos Gregório, e tem até uma pontinha da Regina Casé, bem no começo do filme. Vale ressaltar que Miriam Pires quase desistiu da personagem, por causa de uma cena de sexo entre ela e o personagem do Jofre Soares! Sorte que ela não desistiu, pois o filme é uma pérola do cinema nacional, tratando temas quase que inexplorados no cinema nacional (inclusive atualmente), como o amor na terceira idade, as relações humanas de forma simples, as complicações da vida, em especial na terceira idade, em suma um marco do cinema, que deve ser visto e revisto.
O ponto é que este é um filme quase esquecido, eu só consegui vê-lo uma vez, no extinto programa Cadernos de Cinema, da também extinta TVE Brasil, e depois nunca mais, nenhuma emissora fez a bondade de reprisá-lo, então nos resta o mundo cibernético para encontrarmos o filme. Neste mesmo programa, um convidado disse para vermos o filme desse modo: no primeiro momento a apresentação dos personagens, já no segundo um queda de máscaras e a apresentação real dos personagens, é uma visão bem interessante!
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