sexta-feira, fevereiro 25, 2011

M.I.A. ou a gatuxinha loira do Twitter

   M.I.A. postou essa foto em seu twitter:
  Toda loira poderosa, ela escreveu "Nós tivemos um tempo selvagem na noite passada", uhm, como ela tá, hein. Anteriormente, a cantora já havia postado essa outra foto, super loira fatal:

   Achei essa foto bem na vibe funk carioca que ela adora, mezzo embriagada mezzo pirigueti em fim de noite, com sua maquiagem terrível.
   Mas ok M.I.A., está trash/cool como cê sempre foi! 

Filmes que ganharam o Oscar injustamente

   Não sou um grande entendedor do Oscar, não vi nem metade dos filmes que já passaram pela premiação, mas há cada erro que eles cometeram. Aqui me ative mais a erros dos anos 90 para cá, pois nem me atrevo a comentar erros clássicos, como a não-premiação de algumas obras do Charles Chaplin, ou ainda filmes como "Apocalipse Now", "Laranja Mecânica" e "Cidadão Kane". 

1995 - Meu coração arde de ódio: "Forrest Gump" é uma bela obra, cheia de patriotismo e benevolência, mas porra, ganhar todos os Oscar que deveriam ser de "Pulp Fiction", que é simplesmente a obra-prima do Tarantino é brincadeira. "Pulp Fiction" conseguiu apenas o Oscar de Melhor Roteiro Original, mas vale lembrar que "Forrest Gump" concorria a Melhor Roteiro Adaptado, prêmio este que o filme também ganhou.

1997 -  Ah, esse ano me deixa com aquela cara de WTF?: "O Paciente Inglês" saiu como o grande premiado deste ano, ok, a fotografia é bela, até curto Anthony Minghella, mas esse filme é realmente muito cansativo, três horas para uma história de amor chata, só "E o vento levou..." pode ter tanto tempo para falar de amor (e olhe lá!). O único Oscar merecido de "O Paciente Inglês" foi o de Atriz Coadjuvante para Juliette Binoche, que está incrível no filme, fazendo as únicas cenas cativantes da produção. Porém, o Oscar de Melhor Filme para "O Paciente Inglês" é quase uma brincadeira com a nossa cara, em um ano que concorrem simplesmente "Fargo", uma das obras mais divertidas dos irmão Coen e simplesmente "Segredos e Mentiras", um dos filmes mais perfeitos que já foi feito, cheio de emoção pulsante e força.

1999 - O ano do ódio que vai além do nacionalismo: "Shakespeare Apaixonado" NUNCA merecia ter ganhado tantos prêmios, que filme insosso, romanticamente clichê e irritante, seu único Oscar merecido foi o de Atriz Coadjuvante para Judi Dench, que está ótima como Rainha. Agora vem aquela rusga meio nacionalista, sim, "Central do Brasil" estava lá lindo e belo, mas eu sei, "A vida é bela" é realmente de uma beleza única e apaixonante, então vejo que este ano deveria ter sido o ano do Oscar Estrangeiro, com "A vida é bela" como melhor filme e "Central do Brasil" como estrangeiro, mas o que vimos foi "A vida é bela" com o melhor estrangeiro e o Brasil voltando sem nenhum prêmio. Porém, além disso, o que me desperta aquela mágoa de cabocla forte é Gwyneth Paltrow ter ganho o Oscar de Melhor Atriz, sendo que Fernanda Montenegro fez uma das interpretações mais honestas e incríveis do cinema, mas ela perdeu. Neste ano poderiam ter ganho Cate Blanchett, Meryl Streep ou Emily Watson, as três incríveis, mas não ganhou a ensossa da Gwyneth, e porque? Por que ela era jovem, bela e americana, já Fernanda era latino-americana e da terceira idade. Vou parar por aqui, pois meu sangue latino-americano ferve de ódio.

2006 - O ano em que a caretice da Academia chegou ao extremo: "Crash" é um filme feito naqueles moldes de várias histórias que se cruzam, porém esse formato já havia sido utilizado de forma genial por Paul Thomas Anderson e Alejandro González Iñarritu, em filmes que foram praticamente ignorados pela Academia. Porém, o erro básico deste ano é "Crash" ter ganho o Oscar de Melhor Filme no lugar de "O segredo de Brokeback Mountain" que, ok, não trazia uma temática muito inovadora dentro do cinema, mas extremamente surpreendente dentro da Academia: o homossexualismo. Muitos diretores (inclusive Ang Lee) já haviam trabalhado o tema, mas Ang Lee conseguiu chegar ao Oscar, com uma história forte, verdadeira e muito dramática, sem contar nas atuações impecáveis de todo elenco; mas enfim, a Academia não quis premiar o filme que realmente merecia, premiou um filme cheio de erros e clichês, que tem atuações boas, mas ainda assim não merecia o prêmio. Como paleativo e forma de dizer "olha, não somos homofóbicos" deu o prêmio de Melhor Diretor para Ang.

   Eu sei, esses poucos filmes que citei acima foram escolhidos com uma ponta gigantesca dos meus sentimentos, mas esse post só quer dizer que um filme deixa suas marcas por si próprio e que um prêmio com o Oscar é passível de muitas falhas e recheado de preconceitos e ufanismos irritantes, mas mesmo assim não perco a premiação, que deve servir apenas como diversão e não ser levada a ponta de faca.

PS.: não sintam que tento apenas mágoas com o Oscar, há ótimos acertos, como em "Beleza Americana" e "Guerra ao terror".

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Parece que Avril Lavigne não chama mais atenção

   A cantora Avril Lavigne lançou o primeiro single, a canção "What the Hell", do seu novo álbum "Goodbye Lullaby", a ser lançado no começo de março, depois de inúmeras datas adiadas. Porám faço esse post para comentar algo: a dona Avril, com seu estilinho teenager-punk-cheerleader-skatista, parece que não chama mais atenção, pois em tempos de twitters e todas essas redes sociais, onde um novo single da Lady GaGa, da Britney Spears e até mesmo do Radiohead conseguem chamar a atenção de todos, dando caminho a inúmeros comentários e afins, a Avril Lavigne não conseguiu nem um pouquinho de visibilidade para seu trabalho, a nã ser de um número reduzido de fãs.
   Os antigos fãs de Avril cresceram e parece que a imagenzinha fake de garotinha do rock não cola mais para um mulher de 26 anos. Enfim, fico feliz que a cantora não seja mais foco da mídia, mostrando asssim ser apenas mais uma moda, que passou; e aproveito aqui para dizer, adolescentes, escutem aqueles da sua idade que fazem músicas de qualidade, que nem muitos adultos tem a capacidade de produzir; esqueçam os happy rockers da vida, fujam do sertanejo universitário da enrustida do Luan Santana, vamos dar atenção a belezuras como Tiny Masters of Today (duo formado aos 13 anos dele e 11 dela), Laura Marling (21 anos), Adele (22 anos), Zoo Kid (16 anos), Lykke Li (24 anos), entre outros jovens artistas.

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Aleatórios

*Oscar 2011: eu não assisti nem metade dos filmes que estão concorrendo, mas digo, gostei muito de "Cisne Negro", não achei nada demais em "A Origem" e sigo na torcida por 'Dente Canino", que vejo que não tem grandes chances, visto a qualidade e modernidade do filme, que não faz muito a linha da Academia. E a tristeza disso tudo é que terei que assistir a cerimônia na Glob, já que sou pobre e não tenho TV paga, ah, sobre isso digo, não acho os comentários do José Wilker tão ruins assim, pior seria ter que ficar ouvindo os comentários patéticos do Rubens Ewald Filho.

*Assisti esses dias "Caché", do Haneke, e realmente, Haneke é gênio, mas daqueles gênios do mal, meu deus, quanta tensão e que história.

*Esses últimos dias foi de grande alvoroçindie com tantos discos vazados lançados, vamos a breves comentários sobre eles:
The King of Limbs - Radiohead: com certeza o mais comentado, tanto disco quanto o clipe de "Lotus Flower" , com a dança, ao meu ver, adorável, do Thom Yorke. Não sou um grande conhecedor da obra da banda, estou aos poucos mergulhando nos disco da banda, e na ordem de lançamento, e ainda estou em "Hail to the thief", de 2003, mesmo, digo que gostei muito do novo disco da banda, cheio de texturas e ambientes, que nos levam a uma viagem sonora ótima, e sim, como muitos disseram, soa como um emaranhado das últimas experiências que o Radiohead vinha fazendo, mas eu apenas vejo isso de forma positiva.

Wounded Rhymes - Lykke Li: a linda da Lykke Li já tinha apresentado as incríveis "Get Some" e "I Follow Rivers" e o álbum completo apenas veio nos mostrar que ela é uma artista fodona. O álbum novo é bem diferente do primeiro, que soava mais delicado e pueril, já este soa mais forte, pulsante e cheio de batidas que remetem a ritmos africanos.

Let England Shake - PJ Harvey: sei que o álbum da PJ vazou já faz mais um tempinho, mas eu estava viciado demais nele para tecer qualquer comentário que não soasse apenas rasgação de seda, porém o álbum é tudo aquilo de bom que falam por aí, é de uma perfeição incrível. Eu não sou nem um apaixonado pelos dois primeiros álbuns da cantora, gosto, mas nenhum me encantou ao ponto de ouvi-los incansavelmente, porém o álbum da PJ com o John Parish, de 2009, por sua vez conseguiu o feito, e esse novo então. A voz da PJ está diferente e estranha, há aquela harpa louca que me encanta, há naquele quase folk um drama e uma dor latente, por fim, há uma beleza inquietante nesse disco.

Eu sou do tempo em que a gente se telefonava - Blubell: procura ansiosamente pelas músicas da Blubell desde a primeira temporada da série da Globo "Aline" e desde o tempo em que a cantora chama-se Bluebell. Não sei por que, sei que agora ela chama-se Blubell e sua música continua na abertra da série global, essa que usa apenas os "chalalas" de uma música ótima. O disco da Blubell foi liberado neste site e traz belas canções, que passeam entre o folk, a mpb e o jazz, tudo isso mergulhados na voz estranha e envolvente da cantora.

Só comentarei esses 4 discos por que ainda não ouvi todos os discos que vazaram, como os do Beady Eye, Those Dancing Days, La Sera e Dum Dum Girls.

sábado, fevereiro 19, 2011

Fundo do Baú: O casamento de Louise

   Depois de muito tempo, resolvi trazer de volta os posts do "Fundo do Baú", onde eu apresento filmes interessantes, mas um pouco esquecidos. Dessa vez escolhi o filme "O casamento de Louise", uma comédia brazuca simples e encantadora. A história do filme é a seguinte: Louise (Sílvia Buarque) é violinista da Orquestra Sinfônica e um determinado dia resolve convidar o maestro Helstrom (Mark Hopkins), um sueco que ela pretende conquistar através do estômago. No almoço, bebendo muitas caipirinhas, o maestro se encanta por Luisa (Dira Paes). Porém, a situação só piora: surgem na casa os ex-maridos da duas (Marcos Palmeira e Murilo Grossi).
   Com um roteiro simples e tendo como cenário a pouca aproveitada Brasília, o filme conquista pela delicadeza, pelos momentos que nos faz rir de coisas tão simples, numa quase ingenuidade, mas com suas segundas intenções. Esse é com certeza o filme que a Dira Paes mais domina, o filme é dela: ela nos conduz, nos seduz, nos faz rir, nos conquista. Bela como só, Dira apenas faz o que sabe muito bem, atuar lindamente, mas também é rodeada de boas atuações (não incríveis, apenas boas, mas mesmo assim cativantes) da Sílvia Buarque e do Marcos Palmeira, aqui interpretando um jogador de futebol daqueles, até mesmo usando um cabelo louro, pessimamente descolorido, mas que cabe muito bem no filme. 
   Com boas doses de caipirinha, um humor gostoso e personagens envolventes, essa comédia é com certeza ótima para aqueles detratores do cinema nacional, que o criticam dizendo que só há favela e putaria, aqui está um filme que retrata a classe média alta, de forma leve e envolvente. Sei que pode ser um pouco difícil de encontrar o filme (eu mesmo assisti o filme na TV Brasil, na época TVE, numa daquelas sessões de domingo à meia-noite), mas procurem e cuidem às vezes ele é exibido na TV Brasil, na TV Cultura e até mesmo na Globo, na Sessão Brasil, no interessantíssimo horário de 2 e meia da madrugada.
  

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Lady GaGa e Terry Richardson

   Acredito que a maioria de vocês já tenha visto as fotos que a Lady GaGa fez pra revista Supreme:



   Essa semana, porém, o fotógrafo Terry Richardson, autor das fotos acima, postou em seu site algumas fotinhos mais descontraídas dos bastidores do ensaio, onde ele e GaGa super curtem:

   Há ainda uma em que GaGa entra no clima "Terry Richardson de ser":

   É meio básico que todos que posam pro Terry acabam fazendo fotos interpretando o próprio Terry, porém dessa vez ele fizeram uma troca: GaGa é Terry e Terry é GaGa:

   O site do Terry é incrível e todos devem acessar, sempre tem umas fotos legais, descontraídas, com todos os amiguinhos do fotágrafo, falando nisso, um dos grandes amigos dele é o Jared Leto, que de tempos em tempos estrela algum ensaio no site. Para dar uma aperitivo do site, deixa a foto da incrível Dita Von Teese fazendo o Terry Richardson:
Deixo aqui declarada minha paixão incondicional pela Dita!

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

O brasileiro, o samba e Luísa Maita

   Engraçado, o Brasil, o país do samba, é onde os artistas de samba não recebem a atenção merecida. Não estou falando de pagode, aquele que nos foi imposto pelas gravadoras nos anos 90, daquelas inúmeras bandas que trazem 15 caras, com seus penteados e roupas de gosto duvidoso, todos fazendo dancinhas vergonhosas, um cantando e os outros com seus pandeiros e chocalhos. Falo de samba de verdade, daqueles de quem escutou Cartola, Adoniran Barbosa, Candeia, Clara Nunes, ..., e os mais novos como Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Arlindo Cruz, entre outros; samba que não fala apenas de romances mal-sucedidos, como esses sub-grupos de pagode, samba do bom, daquele que fala da vida, do cotidiano, das mazelas, da batalha que é (sobre)viver no Brasil.
   Talvez nesse momento vocês se perguntem: tá, mas artistas como Zeca, Arlindo, Beth fazem muito sucesso, então onde que não se dá atenção aos artistas de samba? Falo dos novos artistas, pois se ligarmos a televisão ou o rádio, muitas vezes temos a sensação que o samba estagnou, dá a sensação que seus últimos grandes intérpretes e compositores surgiram nos anos 70 (ressalto mais uma vez, falo aqui de samba, não de pagode, e também não incluo intérpretes de samba-enredo, que é outra história). Porém o samba se apresenta como um ritmo vivíssimo, sendo cantado por inúmeros artistas jovens que a cada dia mostram ter mais talento e amor para manter esse patrimônio mundial  em alta.
   Falo aqui de artistas como Diogo Nogueira (que até tem um espaço grande na mídia), Teresa Cristina, Aline Calixto, Mariana Aydar (que mescla samba a outros inúmeros ritmos), Quinteto em Branco e Preto, Roberta Sá,  entre outros, e aqui encontra-se Luísa Maita, uma belíssima cantora, que canta coisas simples e belas, com um ritmo suave e envolvente. Além de cativante intérprete, Luísa é também um compositora de mão cheia: compôs a belíssima "Beleza", presente no álbum Peixes, pássaros, pessoas da Mariana Aydar, e cantada em dueto com a Mayra Andrade; Luísa ainda tem dois sambas gravados pela Virgínia Rosa. No entanto, em 2010 Luisa lançou seu primeiro álbum, intitulado Lero-lero, um álbum leve, básico e muito bom, e como já é quase de praxe, Luísa acabou não recebendo a atenção merecida, sendo que seu som não é nem um pouco estranho, nem experimental, pelo contrário, é simples, conhecido, poderia tocar facilmente em qualquer rádio e também nas grandes emissoras de TV, mas parece que é algo do nosso país: artistas de qualidade não aparecem nas grandes mídias e nem geram lucros (salvo, raríssimas exceções). 
   No site da cantora é possível ver que o álbum Lero-lero foi incluído em 13 listas de melhores de 2010, sendo que 9 dessas listas são internacionais, vejam. Enfim, faço esse post para dizer, ouçam Luísa Maita e seu álbum tão gostosinho, e tem até mesmo uma prévia no Last.fm da cantora, onde pode ser feito o download da canção que dá título ao álbum, "Lero-lero". Fica aqui dito: vamos ouvir mais samba e valorizá-lo mais.
(Que clipe lindo!!! São Paulo belíssima e Luísa incrível, tão bela)

PS.: nesse texto citei alguns artistas do samba, mas são tantos de altíssima qualidade, que com certeza faltam nomes quase que básicos aí, então relevem esse detalhe.

sábado, fevereiro 12, 2011

Pedido ao Negresko Sis

 Vamos falar sobre o que é o Negresko Sis: as cantoras Anelis Assumpção, Céu e Thalma de Freitas encontraram-se durantes as gravações do (delicioso) álbum do 3 Na Massa, e nesses encontros, o Rica Amabilis, do Instituto, e criador do projeto, ao lado do Dengue e do Pupilo, ambos do Nação Zumbi, comentou que as três belíssimas cantoras pareciam uma bolacha Negresco. As duas belas negras, Thalma e Anelis, e como recheio a branquinha e também bela Céu. Assim surgia o nome do grupo, acrescido de Sis, abreviação de Sisters, do inglês. 
   O trio fez uma das mais belas canções do álbum Vagarosa, da Céu, a música "Bubuia". Na minha humilde opinião a coisa mais linda, pulsante, envolvente e viva que o disco da dona Céu nos trouxe. Depois disso, o Negresko Sis esteve por aí, trabalhando ao lado de grandes artistas, como os backing vocals na regravação de "Umbabarauma", ao lado de Mano Brown e uma galera da boa; ou como a participação na canção linda, linda "Efêmera", do álbum de mesmo nome da Tulipa Ruiz.
   As três, cada uma com suas particularidades, formam um dos grupos mais interessantes que a música nacional pode presenciar  nos últimos tempos; cheias de ginga, de uma malemolência brasileira, de um força pulsante, essas mulheres podem ir muito longe.
   Enfim, esse post é simplesmente para pedir as três: GRAVEM UM DISCO, POR FAVOR. Espero que quem não conhece o trabalho das três individualmente, que conheça, e torço para que se sintam tão envolvidos pela carreira solo e conjunta destas grande artistas; e também que entrem nessa torcida comigo: GRAVEM UM DISCO!!!! 
(não é um vídeo perfeito, mas dá pra ter uma noção do trabalho delas)

PS.: Dona Anelis e Dona Thalma bem que podiam gravar seus discos solos, né?
   

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Lya Luft e a dor

Lya Luft não tem parentesco em nossa literatura: suas histórias, de uma poesia mórbida, desvendam um submundo emocional que poucos se atreveram a penetrar. Caio Fernando Abreu

   Caio F. definiu perfeitamente o trabalho da escritora Lya Luft, poeta das dores, do (da falta de) amor, da opressão, do sofrimento, das mulheres. Mesmo trabalhando com traduções e tendo alguns publicações esparsas de poesia, Lya só lançou seu primeiro romance depois de ter 40 anos, e a partir daí começou sua obra de "poesia mórbida" como escreveu Caio. 
   As personagens de Lya, em sua maioria mulheres, são oprimidas, sofrem, vivem o lado obscuro da vida, num mar de angústia e medo, rodeadas pela falta de carinho, pela necessidade, muitas vezes, de um simples abraço. Quem leu o grande best-seller da autora, "Perdas e Ganhos", sabe que sua vida não é como a de suas personagens, sendo que os grandes sentimentos que ela cultiva durante o livro são a felicidade e a força, a alegria de aproveitar pequenos momentos. Ela própria já comentou sobre esse paradoxo entre sua vida e sua obra:
Sou fascinada pelo lado complicado. Tenho um olho alegre que vive: sou uma pessoa despachada, adoro família, adoro a natureza. Mas eu tenho um outro olho que observa o lado difícil, sombrio. A minha literatura nunca vai ser "aí casaram e foram felizes para sempre". Minha literatura sempre nasceu do conflito, da dificuldade, do isolamento.
   Enfim, escrevo esse texto para dizer: leiam mais Lya Luft, mergulhem nessa obra tão complexa e envolvente produzida pela autora. Sei que muitos conhecem Lya apenas pelo trabalho na Veja, que mesmo sendo um trabalho interessante, onde ela faz apontamentos sobre inúmeras coisas cotidianas e atualidades, porém seus trabalhos como romancista e poeta vão muito mais a fundo na dor que é a vida, nas amarguras do mundo e nas dificuldades de se existir; adentrem nesse mundo.

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Arcade Fire e os Subúrbios chegam a Berlim

   Estreia no Festival de Berlim, que inicia-se nesta quinta-feira, o filme "Scenes from the Suburbs", dirigido pelo Spike Jonze embasado no disco "The Suburbs", dos canadenses do Arcade Fire. O filme, um curta de de 30 minutos, ganhou um belo cartaz:

   Já dá pra dizer que um dos melhores clipes do ano passado era o melhor trailer do ano passado?

sábado, fevereiro 05, 2011

Cinema Nacional


   Escrevo esse texto com um pouco de ódio no coração, então relaxem, mas eu realmente fico puto da vida com uma galera falando mal do cinema nacional, sendo que em média assistiu apenas os filmes do Didi, da Xuxa e os "semi" blockbusters brasileiros. O cinema brasileiro carregou durante mais de duas décadas o estigma sexual deixa pelas pornochanchadas (que de pornô só tinham o nome), sendo que grande parte do público não assistia os filmes aqui produzidos alegam serem "apenas putaria". É realmente inegável que muitos filmes ainda nos anos 80 valeram-se do sexo e da nudez para chamar a atenção de uma parcela do público, sendo que alguns dos filmes com maior bilheteria da nossa história utilizavam desses atributos, vide "Dona Flor e Seus Dois Maridos" e "A Dama da Lotação". Isso me faz pensar: engraçado, todos reclamam da "putaria", mas milhões de pessoas assistiram estes filmes nos cinemas!
   Segunda reclamação que surge a partir do início dos anos 2000: filme nacional só mostra pobreza! A maioria esmagadora da população nacional é pobre ou no máximo classe média, sendo assim, essa parcela de população não deve ser retratada? Porém a produção nacional, atualmente, é bem mais diversificada do que se vê divulgado pelas grandes mídias, sendo que filmes sobre violência e pobreza são quase minoria nos inúmeros gêneros que o país lança. Porém percebe-se que os filmes com maior bilheteria nos últimos anos são aqueles que tratam desses temas, desde "Carandiru", passando por "Cidade de Deus", até chegar ao sucesso pop de "Tropa de Elite", e agora, o que o público quer?
   O grande senão disso tudo é que o público nacional não quer se ver na tela, ele quer mais é um mundo irreal, ele quer o mundo das grandes produções hollywoodianas mas com a carinha da Globo. O que vem a ressaltar isso é o imenso sucesso da franquia "Se eu fosse você", que se encaminha para seu terceiro filme, retratando uma família de classe média que não existe no Brasil, vivendo em casa que mais parecem daqueles imensos subúrbios norte-americanos, trazendo um roteiro já saturado no cinemão americano desde os anos 80. Porém filmes simples e interessantes como "Tapete Vermelho", "O casamento de Louise", "Sábado", "Durval Discos", "A casa de Alice", "Quanto dura o amor?", "Casa de Areia", entre muitos outros passam despercebidos.
   Enfim, vejo que o grande problema não é o cinema nacional, que tem produções de altíssima qualidade, mas sim o público brasileiro, que esta completamente dependente das produções hollywoodianas e dominado por um formato "Globo" de contar histórias. Assim, resta torcer pra que o público consiga abrir sua mente para um bom cinema e que parem de ignorar bons filmes apenas por preconceito.
   Ainda torço para um momento em que enxerguem que discutir os problemas sociais, as dificuldades do dia-a-dia e a sexualidade nas telas do cinema não é algo ruim.

PS.: o que me deixa um fiapo de esperança é que os excelentes filmes do Jorge Furtado sempre conseguem um público razoável nos cinemas. 

Imagens dos filmes Tropa de Elite 
e Casa de Areia.

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Mombojó e seus pequenos fãs

   Eu estou viciado na faixa "Papapa", do ótimo "Amigo do Tempo", lançado ano passado pelo recifenses do Mombojó. Quem também é fã da música é João, a estrela desse vídeo, postado pela própria banda em seu site, vejam que fofura:

Clipe novo da Marissa Nadler


   A cantora folk Marissa Nadler (amiguinha do Devendra Banhart e da galera do Freak Folk) lançou clipe novo, para a faixa Rosary, presente no seu quarto álbum, intitulado "Little Hells", lançado em 2009. O vídeo foi dirigido por Patrick Fraser, um ótimo fotógrafo (conheçam mais sobre ele).

   Um clipe simples e muito belo.