segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Procura-se

   Ela se sente péssima, já viu As Horas quinze vezes, já tentou se libertea como a personagem de Meryl Streep e não conseguiu. Tentou ler um livro de auto-ajuda, mas acabou queimando-o. Leu todos os livros de Clarice Lispector, ouve incansavelmente as músicas do renato Russo, já ouviu da Nina Simone ao Mars Volta, não adiantou. Tentou amar o pôr-do-sol, foi entediante. Passou um dia no campo, voltou destruída pela sua alergia a insetos. Tentou um sorriso, começou levemente, entre um Woody Allen e um Luís Fernado Verissimo, pouco a pouco se jogou, entregou-se as Gargalhadas: desde Os Normais até o CQC.
   Ela ainda não entendeu o sentido da vida, mas deixou de procurá-lo tão fervorosamente, agora ela aproveita o cotidiano dessa busca. Sorri, mesmo sem entender. Sorri até mesmo com medo da tragédia. Sorri, sem procurar o porquê. Sorri.

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