A algum tempo atrás, eu falei que o cinema iraniano era péssimo. Ih, agora eu tomei nos dedos, pois ontem assisti um filme chamado
Dez, do mesmo Abbas Kiarostami, diretor de
Gosto de Cereja, que eu havia falado mal. Não qeu
Gosto de Cereja agora tenha se tornado bom, mas o ponto é que eu julguei todo o cinema de um país por apenas dois filmes (o outro era
O Balão Branco, que eu adorei), aind apor cima, condenei toda a filmografia de Abbas, tendo assistido penas um filme seu. Que feio! Agora estou me redimindo. Claro, o cinema iraniano é lento, é diferente, é sutil e é
muito experimental!
Dez é um filme que possui apenas duas câmeras em um carro: uma no carona e outra no motorista (no caso, a motorista, e que é, diga-se de passagem, um lindíssima e talentosa atriz). O filme transcorre em dez pequenos trajetos naquele carro, ali os dilemas femininos são tratados de forma verdadeira e ousada (avaliando-se que o Irã ainda é um país que trata a mulher de forma submissa e agressiva, tanto que no filme todas as mulheres ainda usam véu).
Em meio aqueles trajetos (que não nos trarão um história linear, com início, meio e fim; ou um clímax, um suspense final, nada disso) as mulheres (pois os passageiros são todos mulheres, com exceção do filho da motorista: um garoto en torno dos 10, 12 anos) expôem temas corajoso para um país retrógrado: sexualidade, família, divórcio, amor, prostiutição, entre outros.
De foma experimental e atraente, Abbas nos leva a um Irã não tão distante do Brasil, com discussões, às vezes, bastante unioversais, ao mesmo tempo em que ele nos mostra um pouco do modo de vida iraniano. Uma frase marcante no filme é quando a protagonista pergunta ao seu filho:
Será que é preciso uma mulher morrer para poder viver?
Assim, com um belíssimo filme iraniano, aprendi que não posso mais ficar dizendo que um filme é bom ou ruim por ser desse ou daquele país!
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