terça-feira, maio 17, 2011

Ponto final.

    Esse post é para dizer que o blog chega ao seu fim. Estava sem tempo e especialmente criatividade para me dedicar como o espaço merece, deixando muito a desejar, deixando muito tempo o blog sem ser alimentado, às vezes quase duas semanas sem um mísero post. Enfim, quero agradecer o apoio de todos e dizer que todos os momentos a frente do blog foram de grande valia e aprendizado. Obrigado a todos que leram esse "Redemoinho Interno".

terça-feira, maio 10, 2011

Clipe novo do Battles

  Quem achou o clipe sexy, básico, divertido e incrível?
TEM COMO NÃO AMAR? Quero viver naquela cena da tinta!

Björk relança seu site oficial e apresenta novidades sobre o "Biophilia"

   Em meio aos inúmeros rumores sobre seu novo álbum, "Biophilia", a cantora islandesa Björk relançou seu site oficial hoje, e o site veio todo preto, com animações, representado o que poderíamos chamar de "uma interação com o universo de 'Biophilia' em HTML5". Vejam o site, ah, é indicado visualizar com o navegador Google Chrome.
   Além do novo site, já foi confirmada a participação da cantoras no MIF, Manchester International Festival, onde ela fará o primeiro show do "Biophilia", que segundo o site do evento, é o "trabalho mais ambicioso e emocionante até agora [de Björk]. Um projeto multimídia que engloba música, aplicativos, internet, instalações e espetáculos ao vivo, 'Biophilia' celebra como o som funciona na natureza, explorando a imensidão infinita do universo, do sistema planetário a estrutura atômica." 
   O show deste novo disco contará com algumas participações, inclusive a de um premiado coro feminino islandês. Além disso, contará com alguns instrumentos criados especialmente para a cantora, como um pêndulo de 30 pés que utiliza a tração gravitacional da Terra para criar padrões musicais (WTF?). Enfim, o "Biophilia" promete, vamos aguardar.

domingo, maio 08, 2011

Aviso: crise criativa

  Este blog está abandonadérrimo! Não aparece aqui há muito tempo, mas não pensem que tenho muitas coisas a fazer e tal, porém a verdade é que não sei o que postar por aqui, nem um videozinho, uma fotinho, um disco ou filme tem me animado a dar as caras por aqui; para vocês o nível, nem os vídeos do Arcade Fire com a Cyndi Lauper me motivaram a fazer um postzinho, nem mesmo o meu súbito vício no som da Jennifer Lo-Fi ou ainda eu ter visto o último filme do Solondz, o incrível "A vida durante a guerra". Enfim, estou passando por um momento de certo desânimo com o blog, porém prometo voltar logo, logo com força total.

quinta-feira, abril 28, 2011

Lykke Li fazendo a bêbada dançarina

   Confesso que ainda não me apaixonei pelo "Wounded Rhymes" como amo o "Youth Novels"; esse novo disco tem suas músicas perfeitas, como "I Follow Rivers" e "Get Some", mas ainda não me cativou por inteiro. Porém, venho aqui para mostrar o novo clipe da cantora, para a canção "Sadness is a Blessing", onde ela toma uns bons drinque e sai dançando pelo restaurante. O belíssimo vídeo tem como estrela o Stellan Skarsgård, o clássico parceiro dos filmes do Lars Von Trier, e tem direção do Talik Sareh, o diretor do filme "Metropia" e que dirigiu o clipe de "I Follow Rivers", clipe incrível da sueca em questão. Vejam o novo vídeo:

sexta-feira, abril 22, 2011

É rave com o Friendly Fires, vem gente!

   O primeiro clipe do segundo álbum do Friendly Fires saiu e é todo trabalhado em montagens, com suas imagens de raves (e seus cartazes) oitentistas. A canção "Live those days tonight" é um primeiro single e tanto para o álbum "Pala", que será lançado mês que vem:

   Alô Planeta Terra, vamos trazer o Friendly Fires, fazendo o favor?

sexta-feira, abril 15, 2011

Fundo do Baú: O Regresso para Bountiful

   Esta coluna denominada "Fundo do Baú" é a única coisa fixa deste blog, porém eu sempre a deixo de lado por um bom tempo, tanto que o último post aqui foi O Casamento de Louise, em fevereiro, sendo que em todo o tempo de blog foram apenas 16 posts nesta coluna, que estranhamente tem um foco que eu gosto muito: filmes esquecidinhos, que eu acredito que mais gente deveria conhecer, porém eu sempre abandano este espaço.
   Ok, de todo modo, vamos ao filme da vez: "O Regresso para Bountiful", filme de 1985, que conta a história de Carrie Watts (Geraldine Page), que mora em Houston, no Texas, com o filho e a nora, mas tem como último sonho voltar para sua cidade natal, Bountiful. Com essa premissa simples, e que até pode parecer defasada no cinema atual, o filme consegue nos cativar com sua beleza e pungência, e claro, em grande parte pela atuação incrível de Garaldine Page. 
   Geraldine foi um atriz genial, porém esquecida por nossa geração; ela foi premiada com o Emmy por suas atuações na TV, com um Globo de Ouro e com o Oscar, esse último pelo filme aqui tratado, sendo que foi aplaudida de pé ao receber o prêmio. A atriz ainda fez muito sucesso na Broadway e trabalhou com gente do nível de Clint Eastwood e Woody Allen. Geraldine Page acabou falecendo em 1987, dois anos após este filme, que felizmente lhe rendeu um Oscar ainda em vida.
   Estranhamente, esse filme mesmo sendo vencedor do Oscar acabou esquecido, tanto que eu só tive contato com ele por que o recebi de presente no meu aniversário, numa daquelas edições bem ruins feitas pela Spectra Nova (responsável pelos dvds que vem acompanhados daquelas revistinhas). De qualquer modo, o filme deve ser conhecido, e espero que todos sintam-se tocados pela história tão singela de Mrs. Watts.

PS.: atentem para a bela atuação da Rebecca de Mornay (sim, a nossa eterna babá de "A mão que balança o berço").

PS².: o filme é tão esquecido que foi até difícil encontrar imagens no Google, tanto que apareceu imagens de filmes como "Volver", "Os Sonhadores" e "Tron", mas as imagens do filme mesmo são escassas. 

segunda-feira, abril 11, 2011

Melancholia

   AH! Saiu o trailer do novo filme do Lars Von Trier, estava esperando uma versão legendada para postar aqui, mas como não consegui, vai sem legendas mesmo:

   E o filme vem para surpreender: a premissa da história é a conturbada relação de duas irmãs durante o casamento de uma delas, mas simplesmente um planeta está prestes a colidir com a Terra! O elenco do filme é simplesmente encabeçado pelas in-crí-veis Kirsten Dunst e Charlotte Gainsbourg (uma das poucas atrizes que protagonizou um filme do Von Trier e não o xingou de todas as formas); há ainda a presença dos atores Kiefer Sutherland (a.k.a. Jack Bauer) , Stellan Skarsgård, Charlotte Rampling, John Hurt e Brady Corbet.
   O filme deve estrear só em agosto no Brasil, e em breve deve estar por Cannes, que é quase a casa do Lars Von Trier. Enfim, torço para que uma alma caridosa libere esse filme logo, logo na internet.

Novo Blog

   Só para deixar registrado aqui, tenho um novo blog, dessa vez com o foco bem fechado em música brasileira, sendo completamente diferente deste aqui, sendo assim, deixo-lhes com o meu novo blog:

   O blog só tem um post e está recém engatinhando. Ele foi criado para a cadeira de "Laboratório de Comunicação Digital", espero que vocês também curtam aquele espaço, que deve servir de porta para as boas bandas nacionais, espero a presença de todos.

sexta-feira, abril 08, 2011

Para quem perdeu o CSS em São Paulo


   Se você, assim como eu, perdeu o show do Cansei de Ser Sexy em São Paulo, agora não adianta se lamentar, mas pelo vídeo acima dá pra ter uma breve noção de que o show foi IN-CRÍ-VEL! Agora só me resta ficar em casa ouvindo Death From Above 1979, por que nem amor estou fazendo.
   Ah, se você quiser ver um pouco mais de como foi a noite (e de como a Lovefoxxx entrou toda vestidinha e aos poucos foi despindo-se) entre nesse Flickr do Yahoo, que tem fotos ótimas do show.

segunda-feira, abril 04, 2011

LCD Soundsystem + Arcade Fire = felicidade

   Depois de um dia cansativo, você chega em casa e descobre que no show de despedida do LCD Soundsystem ele chamou uns amiguinhos para fazer o backyng vocal da deliciosa "North American Scum", ah, esses amiguinhos eram ninguém mais ninguém menos que o Arcade Fire! Morram de tristeza por não ter estado lá e de felicidade por que esse momento foi gravado e postado, vejam:

terça-feira, março 29, 2011

Clipes nacionais e a ode a simplicidade

   Esta semana foram lançados dois clipes lindos e tão, mas tão lindos que apenas demonstram que às vezes a criatividade é muito mais importante que uma porrada de grana.
   Primeiro, temos o clipe genialmente simples e inovador do Movéis Coloniais de Acaju, que foi feito no dia 27 deste mês e transmitido ao vivo no portal da MTV, com ajuda do pessoal do twitter, que ainda conta com os grafites do coletivo Kollors Kingz, vejam essa maravilha:

   O segundo também é uma pérola, é o clipe de "Nightwalker" do Thiago Pethit, e olha que eu nem só o fã mais apaixonado do disco do Pethit, acho gostosinho, mas nada demias, mas os clipes dele são lindos, vide o anterior, "Mapa-Múndi". Este novo clipe traz, simplismente, a musa linda e apaixonante Alice Braga, numa dança rebolativa por ruas e calçadas, trajando apenas um vestido prateado e andando descalça. 
   Em certos momentos, Alice lembra sua tia Sônia Braga, a seduzir com uma beleza estonteante, que eduz com o mesmo poder que "A Dama da Lotação". Com uma beleza sensual, o clipe nos envolve e finaliza com uma dança que dá vontade de entrar YouTube a dentro e dançar junto com aquelas pessoas naquela rua onde carros não passam, onde há apenas beleza e liberdade, assistam:

sábado, março 26, 2011

"Elza", o documentário

   A deusa da música Elza Soares enfim ganhou um documentário, e apenas o primeiro a ser lançado esta ano. O filme intitulado "Elza" mescla encontros musicais e depoimentos numa homenagem a obra de Elza, vejam o vídeo da TV Estadão sobre o filme:

   Enquanto eu não posso ver o filme, e o outro documentário que estão produzindo da cantora não chega, vamos curtir ela cantando "Dor de cotovelo", uma das músicas mais lindas presentes no "Do cóccix até o pescoço", de 2002:

quinta-feira, março 24, 2011

Bruna Surfistinha e o Yeah Yeah Yeahs?

   A versão que assisti do filme "Bruna Surfistinha" era bem estranha, parecia não finalizada, com alguns problemas de edição e falta de alguns efeitos, como imagens na tela da computador, porém o que mais me intrigou foi a trilha sonora, sim, o Radiohead estava lá, mui belo, mas nada do Cansei de Ser Sexy nem do Holger, muito menos Céu, mas sabem que estava lá? Yeah Yeah Yeahs! Sim, eles mesmo, a banda da magnânima Karen O, e vejam bem, eram duas músicas. O que me deixou com uma dúvida, será que o YYYs não autorizou a utilização das músicas e aí eles foram chamar os nacionais pra trilha? O Radiohead liberou as músicas por que o Thom Yorke se encantou pela Deborah Secco, então fica meio na cara que a Karen O não quis partilhar da mesma liberação do Radiohead.

PS.: Odiei o filme, chato, com um fiapo de história, com personagens caricatos, até as músicas do Radiohead não fazem muito sentido naquelas imagens, a Deborah Secco está vergonhasa, com a mesma expressão em todas as cenas, desde a Raquel adolescente até a Bruna drogada. Há pouquíssimas coisas de qualidade no filme: alguns atores coadjuvantes, como  Drica Moraes e o Juliano Cazarré, algumas belas cenas, com uma fotografia correta e a utilização do sexo de forma correta, sem ser apelativo.

segunda-feira, março 21, 2011

Orkutizaram Caio Fernando Abreu e Clarice Lispector



   As redes sociais transformaram dois grandes escritores em piada: é citações duvidosas no twitter, são joguinhos no facebook que te dão a frase do autor para o seu dia, maior putaria!  As dúvidas pairam: quantas dessas pessoas já leram nem que seja uma página desses autores que eles tanto amam? Aquelas citações são mesmo dos autores? De qualquer modo, já ficou claro que falar de Clarice e Caio em qualquer rede social já se tornou sinônimo de idiotice, visto o ponto de que muitas das frases escritas a exaustão na internet soam muito mais como aqueles pensamentos escrotos do Paulo Coelho.
   Enfim, espero que essa onda de citações acabe e que essas pessoas busquem um pouco de sabedoria lendo os livros desses autores que tanto idolatram na rede. É, mesmo com essa mostra vergonhosa da falta de leitura em nosso país, ainda tenho esperança que muitos passem a ler os livros, e deixem de consumir essas "pílulas de sabedoria" (sim, já li muito isso na rede!).

quinta-feira, março 17, 2011

Quem não ouviu The Dø ainda?

   Olha só, quem ainda não ouviu o som do duo The Dø tem que ouvir, pois é só amor. Eles tem uma pegada meio Joanna Newsom pop, aliada a umas sonoridades à la M.I.A., tudo com uma leveza indie pop deliciosa sem deixar de passear pelo folk e pelo rock. Vejam o clipe de "Slippery Slope" e corram ouvir o álbum também intitulado "Slippery Slope", que eles lançaram esse ano.

segunda-feira, março 14, 2011

Eu e os VHSs

   Eu tenho muitos VHSs em casa, como o DVD assumiu o mercado, ficou baratinho adquirir essas preciosidades, então resolvi postar aqui algumas fotos dos meus filmes e tal, eu até iria fazer um fundo para o blog só com fitas cassetes, mas não deu certo, mesmo assim posto aqui algumas fotos:
Todos os filmes espalhados na hora da faxina!

Estas eram o que seria o fundo do blog, mas não deu :(

Bastidores das fotos acima


Minha trilogia Pânico! Me chicoteiem, mas eu amo esses filmes, tão divertidos, especialmente o primeiro. Estou aguardando ansiosamente o "Pânico 4".

Esses dois mostram a minha quedinha por filmes de ação-farofa.

Nessa tem alguns dos filmes franceses que encontrei a preço de banana. Na foto: "Uma relação pornográfica", "A Rainha Margot", "O Amante" e "Os Miseráveis".

Aqui algumas raridades que encontrei por aí: "Para Wong Foo, Obrigada por tudo! Julie Newmar", "Caros F... Amigos", "Caráter", "Segredos e Mentiras" e "Tudo por um sonho".

Umas tosqueiras que eu comprei: "Em nome de Deus", "Loucuras de uma paixão", "Narcos", "Skinheads  - A força branca" e "A Cor da Noite".

Algumas belezuras do cinema nacional: "Tieta do Agreste", "Tolerância", "Do outro lado da rua", "Bicho de sete cabeças", "A Partilha", "Amarelo Manga" e "Central do Brasil".

Já aqui, as merdas do cinema nacional: "O Guarani", "Navalha na carne" e "Bela Donna".

Esta foto demonstra meu amor pelas anos 90: "Mentes Perigosas", "Sexo, rock & confusão" e "Colcha de retalhos".

Maravilhas do cinema: "Encontros e desencontros", "Meninos não choram", "Pulp Fiction", "Clube da Luta" e "As Horas".

Mais maravilhas do cinema: "Irreversível", "Magnólia", "Tudo Sobre Minha Mãe", "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" e "Beleza Americana".

   Esse foi uma amostra dos filmes que eu guardo em casa, mas se meu VHS não tivesse estragado no ano passado, eu não teria parado de comprar fitas, tem cada coisa que a gente encontra, desde grandes filmes como aquelas raridades do cinema.

sábado, março 05, 2011

Uma pérola: Margarida Pinto

   Nessas minha andanças pela internet, encontrei uma cantora portuguesa chamada Margarida Pinto, isso foi há uns cinco meses atrás, e baixai um EP que ela havia lançado, mas foi agora em fevereiro que me apaixonei perdidamente por estas canções simples, mas tão belas, e com seu sotaque lusitano, tudo ficou mais lindo. Margarida é conhecida em Portugal por ser vocalista do grupo de trip-hop Coldfinger, porém venho aqui falar da carreira solo da cantora, que inclui um disco cheio, chamado "Apontamento", que eu ainda não consegui escutar (se alguém conseguir um link amigo, avisa),  e um EP chamado "A Aprendizagem de Margarida Pinto", que é um delícia e pode ser baixado no site da Optimus Discos (é facinho, só tem que fazer um cadastro e pronto, download). Ouçam essa pérola portuguesa.

Bom Carnaval...

... indie!

terça-feira, março 01, 2011

Crystal Castles libera música para download

   O Crystal Castles liberou via Facebook uma nova versão do música "Intimate", presente no ótimo Crystal Castles II, lançado no ano passado. A nova versão foi editada pelo estranhíssimo grupo de witch house Story Of Isaac, que deu um ar mais soturno a canção e fez desaparecer aquele clima baladindie da original. Aproveitem e baixem:

Crystal Castles - Intimate (Story of Isaac Edit) Download

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

M.I.A. ou a gatuxinha loira do Twitter

   M.I.A. postou essa foto em seu twitter:
  Toda loira poderosa, ela escreveu "Nós tivemos um tempo selvagem na noite passada", uhm, como ela tá, hein. Anteriormente, a cantora já havia postado essa outra foto, super loira fatal:

   Achei essa foto bem na vibe funk carioca que ela adora, mezzo embriagada mezzo pirigueti em fim de noite, com sua maquiagem terrível.
   Mas ok M.I.A., está trash/cool como cê sempre foi! 

Filmes que ganharam o Oscar injustamente

   Não sou um grande entendedor do Oscar, não vi nem metade dos filmes que já passaram pela premiação, mas há cada erro que eles cometeram. Aqui me ative mais a erros dos anos 90 para cá, pois nem me atrevo a comentar erros clássicos, como a não-premiação de algumas obras do Charles Chaplin, ou ainda filmes como "Apocalipse Now", "Laranja Mecânica" e "Cidadão Kane". 

1995 - Meu coração arde de ódio: "Forrest Gump" é uma bela obra, cheia de patriotismo e benevolência, mas porra, ganhar todos os Oscar que deveriam ser de "Pulp Fiction", que é simplesmente a obra-prima do Tarantino é brincadeira. "Pulp Fiction" conseguiu apenas o Oscar de Melhor Roteiro Original, mas vale lembrar que "Forrest Gump" concorria a Melhor Roteiro Adaptado, prêmio este que o filme também ganhou.

1997 -  Ah, esse ano me deixa com aquela cara de WTF?: "O Paciente Inglês" saiu como o grande premiado deste ano, ok, a fotografia é bela, até curto Anthony Minghella, mas esse filme é realmente muito cansativo, três horas para uma história de amor chata, só "E o vento levou..." pode ter tanto tempo para falar de amor (e olhe lá!). O único Oscar merecido de "O Paciente Inglês" foi o de Atriz Coadjuvante para Juliette Binoche, que está incrível no filme, fazendo as únicas cenas cativantes da produção. Porém, o Oscar de Melhor Filme para "O Paciente Inglês" é quase uma brincadeira com a nossa cara, em um ano que concorrem simplesmente "Fargo", uma das obras mais divertidas dos irmão Coen e simplesmente "Segredos e Mentiras", um dos filmes mais perfeitos que já foi feito, cheio de emoção pulsante e força.

1999 - O ano do ódio que vai além do nacionalismo: "Shakespeare Apaixonado" NUNCA merecia ter ganhado tantos prêmios, que filme insosso, romanticamente clichê e irritante, seu único Oscar merecido foi o de Atriz Coadjuvante para Judi Dench, que está ótima como Rainha. Agora vem aquela rusga meio nacionalista, sim, "Central do Brasil" estava lá lindo e belo, mas eu sei, "A vida é bela" é realmente de uma beleza única e apaixonante, então vejo que este ano deveria ter sido o ano do Oscar Estrangeiro, com "A vida é bela" como melhor filme e "Central do Brasil" como estrangeiro, mas o que vimos foi "A vida é bela" com o melhor estrangeiro e o Brasil voltando sem nenhum prêmio. Porém, além disso, o que me desperta aquela mágoa de cabocla forte é Gwyneth Paltrow ter ganho o Oscar de Melhor Atriz, sendo que Fernanda Montenegro fez uma das interpretações mais honestas e incríveis do cinema, mas ela perdeu. Neste ano poderiam ter ganho Cate Blanchett, Meryl Streep ou Emily Watson, as três incríveis, mas não ganhou a ensossa da Gwyneth, e porque? Por que ela era jovem, bela e americana, já Fernanda era latino-americana e da terceira idade. Vou parar por aqui, pois meu sangue latino-americano ferve de ódio.

2006 - O ano em que a caretice da Academia chegou ao extremo: "Crash" é um filme feito naqueles moldes de várias histórias que se cruzam, porém esse formato já havia sido utilizado de forma genial por Paul Thomas Anderson e Alejandro González Iñarritu, em filmes que foram praticamente ignorados pela Academia. Porém, o erro básico deste ano é "Crash" ter ganho o Oscar de Melhor Filme no lugar de "O segredo de Brokeback Mountain" que, ok, não trazia uma temática muito inovadora dentro do cinema, mas extremamente surpreendente dentro da Academia: o homossexualismo. Muitos diretores (inclusive Ang Lee) já haviam trabalhado o tema, mas Ang Lee conseguiu chegar ao Oscar, com uma história forte, verdadeira e muito dramática, sem contar nas atuações impecáveis de todo elenco; mas enfim, a Academia não quis premiar o filme que realmente merecia, premiou um filme cheio de erros e clichês, que tem atuações boas, mas ainda assim não merecia o prêmio. Como paleativo e forma de dizer "olha, não somos homofóbicos" deu o prêmio de Melhor Diretor para Ang.

   Eu sei, esses poucos filmes que citei acima foram escolhidos com uma ponta gigantesca dos meus sentimentos, mas esse post só quer dizer que um filme deixa suas marcas por si próprio e que um prêmio com o Oscar é passível de muitas falhas e recheado de preconceitos e ufanismos irritantes, mas mesmo assim não perco a premiação, que deve servir apenas como diversão e não ser levada a ponta de faca.

PS.: não sintam que tento apenas mágoas com o Oscar, há ótimos acertos, como em "Beleza Americana" e "Guerra ao terror".

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Parece que Avril Lavigne não chama mais atenção

   A cantora Avril Lavigne lançou o primeiro single, a canção "What the Hell", do seu novo álbum "Goodbye Lullaby", a ser lançado no começo de março, depois de inúmeras datas adiadas. Porám faço esse post para comentar algo: a dona Avril, com seu estilinho teenager-punk-cheerleader-skatista, parece que não chama mais atenção, pois em tempos de twitters e todas essas redes sociais, onde um novo single da Lady GaGa, da Britney Spears e até mesmo do Radiohead conseguem chamar a atenção de todos, dando caminho a inúmeros comentários e afins, a Avril Lavigne não conseguiu nem um pouquinho de visibilidade para seu trabalho, a nã ser de um número reduzido de fãs.
   Os antigos fãs de Avril cresceram e parece que a imagenzinha fake de garotinha do rock não cola mais para um mulher de 26 anos. Enfim, fico feliz que a cantora não seja mais foco da mídia, mostrando asssim ser apenas mais uma moda, que passou; e aproveito aqui para dizer, adolescentes, escutem aqueles da sua idade que fazem músicas de qualidade, que nem muitos adultos tem a capacidade de produzir; esqueçam os happy rockers da vida, fujam do sertanejo universitário da enrustida do Luan Santana, vamos dar atenção a belezuras como Tiny Masters of Today (duo formado aos 13 anos dele e 11 dela), Laura Marling (21 anos), Adele (22 anos), Zoo Kid (16 anos), Lykke Li (24 anos), entre outros jovens artistas.

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Aleatórios

*Oscar 2011: eu não assisti nem metade dos filmes que estão concorrendo, mas digo, gostei muito de "Cisne Negro", não achei nada demais em "A Origem" e sigo na torcida por 'Dente Canino", que vejo que não tem grandes chances, visto a qualidade e modernidade do filme, que não faz muito a linha da Academia. E a tristeza disso tudo é que terei que assistir a cerimônia na Glob, já que sou pobre e não tenho TV paga, ah, sobre isso digo, não acho os comentários do José Wilker tão ruins assim, pior seria ter que ficar ouvindo os comentários patéticos do Rubens Ewald Filho.

*Assisti esses dias "Caché", do Haneke, e realmente, Haneke é gênio, mas daqueles gênios do mal, meu deus, quanta tensão e que história.

*Esses últimos dias foi de grande alvoroçindie com tantos discos vazados lançados, vamos a breves comentários sobre eles:
The King of Limbs - Radiohead: com certeza o mais comentado, tanto disco quanto o clipe de "Lotus Flower" , com a dança, ao meu ver, adorável, do Thom Yorke. Não sou um grande conhecedor da obra da banda, estou aos poucos mergulhando nos disco da banda, e na ordem de lançamento, e ainda estou em "Hail to the thief", de 2003, mesmo, digo que gostei muito do novo disco da banda, cheio de texturas e ambientes, que nos levam a uma viagem sonora ótima, e sim, como muitos disseram, soa como um emaranhado das últimas experiências que o Radiohead vinha fazendo, mas eu apenas vejo isso de forma positiva.

Wounded Rhymes - Lykke Li: a linda da Lykke Li já tinha apresentado as incríveis "Get Some" e "I Follow Rivers" e o álbum completo apenas veio nos mostrar que ela é uma artista fodona. O álbum novo é bem diferente do primeiro, que soava mais delicado e pueril, já este soa mais forte, pulsante e cheio de batidas que remetem a ritmos africanos.

Let England Shake - PJ Harvey: sei que o álbum da PJ vazou já faz mais um tempinho, mas eu estava viciado demais nele para tecer qualquer comentário que não soasse apenas rasgação de seda, porém o álbum é tudo aquilo de bom que falam por aí, é de uma perfeição incrível. Eu não sou nem um apaixonado pelos dois primeiros álbuns da cantora, gosto, mas nenhum me encantou ao ponto de ouvi-los incansavelmente, porém o álbum da PJ com o John Parish, de 2009, por sua vez conseguiu o feito, e esse novo então. A voz da PJ está diferente e estranha, há aquela harpa louca que me encanta, há naquele quase folk um drama e uma dor latente, por fim, há uma beleza inquietante nesse disco.

Eu sou do tempo em que a gente se telefonava - Blubell: procura ansiosamente pelas músicas da Blubell desde a primeira temporada da série da Globo "Aline" e desde o tempo em que a cantora chama-se Bluebell. Não sei por que, sei que agora ela chama-se Blubell e sua música continua na abertra da série global, essa que usa apenas os "chalalas" de uma música ótima. O disco da Blubell foi liberado neste site e traz belas canções, que passeam entre o folk, a mpb e o jazz, tudo isso mergulhados na voz estranha e envolvente da cantora.

Só comentarei esses 4 discos por que ainda não ouvi todos os discos que vazaram, como os do Beady Eye, Those Dancing Days, La Sera e Dum Dum Girls.

sábado, fevereiro 19, 2011

Fundo do Baú: O casamento de Louise

   Depois de muito tempo, resolvi trazer de volta os posts do "Fundo do Baú", onde eu apresento filmes interessantes, mas um pouco esquecidos. Dessa vez escolhi o filme "O casamento de Louise", uma comédia brazuca simples e encantadora. A história do filme é a seguinte: Louise (Sílvia Buarque) é violinista da Orquestra Sinfônica e um determinado dia resolve convidar o maestro Helstrom (Mark Hopkins), um sueco que ela pretende conquistar através do estômago. No almoço, bebendo muitas caipirinhas, o maestro se encanta por Luisa (Dira Paes). Porém, a situação só piora: surgem na casa os ex-maridos da duas (Marcos Palmeira e Murilo Grossi).
   Com um roteiro simples e tendo como cenário a pouca aproveitada Brasília, o filme conquista pela delicadeza, pelos momentos que nos faz rir de coisas tão simples, numa quase ingenuidade, mas com suas segundas intenções. Esse é com certeza o filme que a Dira Paes mais domina, o filme é dela: ela nos conduz, nos seduz, nos faz rir, nos conquista. Bela como só, Dira apenas faz o que sabe muito bem, atuar lindamente, mas também é rodeada de boas atuações (não incríveis, apenas boas, mas mesmo assim cativantes) da Sílvia Buarque e do Marcos Palmeira, aqui interpretando um jogador de futebol daqueles, até mesmo usando um cabelo louro, pessimamente descolorido, mas que cabe muito bem no filme. 
   Com boas doses de caipirinha, um humor gostoso e personagens envolventes, essa comédia é com certeza ótima para aqueles detratores do cinema nacional, que o criticam dizendo que só há favela e putaria, aqui está um filme que retrata a classe média alta, de forma leve e envolvente. Sei que pode ser um pouco difícil de encontrar o filme (eu mesmo assisti o filme na TV Brasil, na época TVE, numa daquelas sessões de domingo à meia-noite), mas procurem e cuidem às vezes ele é exibido na TV Brasil, na TV Cultura e até mesmo na Globo, na Sessão Brasil, no interessantíssimo horário de 2 e meia da madrugada.